As negociações entre representantes dos empregados e a direção da Caixa Econômica Federal avançaram nesta sexta-feira (10), resultando em uma proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa. O novo acordo garante a manutenção das condições atuais, com os empregados continuando a contribuir com 3,5% do salário e R$ 480,00 por dependente.

A conquista ocorre após uma semana de mobilizações em todo o país, que demonstraram a força e a unidade dos trabalhadores na defesa de suas pautas. O engajamento da categoria foi decisivo para assegurar que o banco mantivesse o equilíbrio do plano de saúde, sem reajustes nas mensalidades.

A proposta preserva o pacto intergeracional e o princípio do mutualismo, que são pilares do modelo de gestão do Saúde Caixa. Além disso, garante a ampliação da cobertura para filhos até 27 anos, mediante contribuição de R$ 800,00, e estabelece a validade do acordo até 31 de agosto de 2026.

As negociações também incluíram medidas de aprimoramento do plano. A partir da assinatura do acordo, as contribuições patronais e pessoais incidentes sobre valores pagos em ações judiciais trabalhistas, individuais ou coletivas, com natureza salarial, serão revertidas ao Saúde Caixa. O texto prevê ainda que não haverá retorno ao plano após o cancelamento, embora seja concedido um prazo especial para reingresso de quem já tenha saído, conforme regras a serem definidas.

Outros pontos acordados incluem carência de três meses para novos empregados e o compromisso de elaborar medidas estruturantes em 2026, com foco na sustentabilidade financeira do plano. As mesas permanentes de negociação serão retomadas já em novembro deste ano, preparando o debate para os próximos ciclos de discussão.

O acordo será agora analisado pelo Comando Nacional dos Bancários e, em seguida, submetido à apreciação em assembleias de empregados da Caixa em todo o país.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Três Rios e Região, Nilton Esperança, ressaltou a importância da conquista para a categoria. “Essa vitória mostra a força da união dos empregados e das entidades representativas. É um passo importante para garantir não apenas o equilíbrio financeiro do plano, mas também o respeito e a valorização de quem faz o banco acontecer todos os dias”, destacou.

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